INTEGRIDADE – DECLARAÇÃO DO VEREADOR RENATO ZUCOLOTO

Todos que me conhecem sabem que depois de muito tempo me dedicando ao trabalho no Poder Judiciário Federal, me reinventei e saí candidato a vereador para poder retribuir à minha cidade o tanto que me deu. No primeiro dia de meu mandato afixei em meu terminal de votação um crucifixo, sou cristão e temente a Deus. O exercício da atividade parlamentar não é fácil e nos põe a prova todos os dias, por isso pedi a Ele que no transcorrer desses 4 anos, eu fosse iluminado, principalmente para que pudesse ser instrumento na construção de uma cidade mais justa, fraterna e solidária. Nesta semana, nas sessões dos dias 20 e 22 de agosto, tive um dilema muito grande, especialmente por votar um projeto de grande impacto, tanto para o nosso Município, quantos para os servidores públicos. Talvez tenha sido o voto mais difícil nestes dois anos e meio. Refleti muito, procurei pessoas competentes e de reconhecido renome em suas áreas técnicas para me inteirar do projeto. Ainda após as reflexões, tinha algumas dúvidas, mas me aprofundei no projeto, sugeri algumas mudanças e posso afirmar que estudei à exaustão o PLC 63/2019. Sou servidor, filho de servidora aposentada e irmão de servidora na ativa. Tudo foi avaliado e colocado na balança, mas algumas considerações precisam ser feitas. Muitas pessoas, algumas de renome em nossa cidade, fizeram vídeos, alertaram para a não aprovação do projeto, e alguns outros servidores, de maneira educada me abordaram. Não considero pessoas sem a mínima noção de civilidade e que atingiram a minha honra e minha imagem com palavras chulas e de baixo calão. Essas com certeza não me preocupam pois não fazem parte de meu círculo de amizade e certamente não são meus eleitores. Assim eu me pergunto: ONDE ESTAVAM ESSAS PESSOAS, QUE HOJE ME CONDENAM, NOS ÚLTIMOS 30 ANOS QUE NÃO TIVERAM A MÍNIMA PREOCUPAÇÃO EM FISCALIZAR O IPM OU A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL E DEIXARAM O ROMBO CHEGAR A 360 MILHÕES DE REAIS? Esse dinheiro que está indo para o ralo do IPM é aquele que devia ir para os AMEs, as UPAs, para a construção de outras UBDSs, escolas, creches, recapeamento e zeladoria da cidade. Então precisamos, pela primeira vez na história dessa cidade, encarar o problema de uma vez por todas e tentar resolver. E assim fizemos. A medida é antipática e impopular aos servidores, tanto assim que vieram em grande número pedir a rejeição do projeto. Mas queria dizer que não fui eleito para atender interesse de determinadas categorias ou mesmo de fazer aquilo que não entendo correto. Sempre, repito, sempre pautei minha vida tanto pública quanto particular pelos valores e princípios (isso eu gosto de frisar, tenho o passado muito limpo, nada temo, NADA). Assim posso dizer que depois de amadurecido meu voto, cumpri com meu dever. Aliás, aquele que jurei no meu primeiro dia de mandato, o de defender uma sociedade mais equitativa. Não quero entrar aqui em detalhes, afinal por tantos e tantos anos a fio, tivemos em nosso município instalado um feudo de poucos vereadores, que criaram mecanismos possíveis de se perenizar no poder com a concessão de benesses à custa do dinheiro público. Não consigo, e aqui serei redundante, entender como nesses anos a sociedade ribeirão-pretana se omitiu, se acovardou na fiscalização dos atos dos nossos governantes, permitindo que chegássemos à essa situação (aqui me incluo). ONDE ESTAVAM ESSES SENHORES E PESSOAS TÃO CORRETAS QUE HOJE SE ARVORAM NOS VERDADEIROS ARAUTOS DA CIDADANIA E DA TRANSPARÊNCIA? Digo com muita confiança e convicção que não tenho na política a minha profissão, graças a minha formação, exerço e sou bem-sucedido na minha carreira, razão pela qual posso atestar com a mais absoluta consciência que não tenho nada que me vincule a qualquer troca de favores. Dou uma procuração a qualquer pessoa que assim o queira, como a quebra de todos os meus sigilos, para que façam uma apuração minuciosa em minha vida, QUE É PÚBLICA! Desafio a quem quer que seja a provar alguma coisa que milite em meu desfavor! O homem público pode ter alguns defeitos, mas nenhum é tão ruim como a omissão ou como acovardar-se diante de uma dificuldade. Foi difícil sim, não vou negar, mas posso afirmar que votei SIM com a mais pura convicção de estar contribuindo com a construção de uma cidade mais equânime e se errei (sim os homens erram!) o tempo o dirá. Mas uma coisa estou muito certo, tenho a tranquilidade de deitar agora a cabeça no travesseiro e saber que dei o melhor de mim. Que Deus continue sempre a nos guiar e a nos conduzir, alicerçando a esperança de um amanhã melhor para todos nós!