CEE DOS 28% RECEBE RESPONSÁVEL PELO JURÍDICO DO SINDICATO

DURANTE QUASE DUAS HORAS, REGINA MÁRCIA FERNANDES PRESTOU ESCLARECIMENTOS AOS VEREADORES

Na segunda audiência pública da Comissão Especial de Estudos (CEE) do acordo dos 28,35%, o plenário da Câmara recebeu para prestar esclarecimentos, a coordenadora do departamento jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Regina Márcia Fernandes.

No começo dos trabalhos, seguindo o protocolo, foram abertos 10 minutos para que a convidada fizesse suas considerações iniciais. Na sequência, o vereador e também presidente da CEE, Renato Zucoloto (PP), fez uma série de perguntas à responsável pelo jurídico do Sindicato dos Servidores. Regina Márcia Fernandes afirmou que fez parte apenas do acordo de 2008 e que não esteve envolvida no que foi firmado em 2012, além de explicar que os honorários de Maria Zueli Librandi haviam sido fixados em torno de R$2.000,00 (dois mil reais) no processo de conhecimento.

“O acordo de 2008 foi homologado judicialmente, não há qualquer questionamento sobre ele, a Prefeitura utilizando-se dos argumentos do vício havido no acordo de 2012 e em questionamentos feitos no Tribunal de Contas conseguiu a suspensão judicial do parcelamento, mas que em nosso entender não pode subsistir, sob pena de prorrogar e postergar o sofrimento e a angústia de milhares de servidores que já incorporaram tal parcela aos seus orçamentos familiares. O questionamento é feito apenas em cima dos honorários advocatícios, o que autorizaria, em princípio a possibilidade de retomar o pagamento do principal”, explicou o vereador e presidente da CEE, Renato Zucoloto.

Foi solicitado pela CEE que o Sindicato dos Servidores Municipais promova uma ação que interrompa os débitos nas contas de quem está sem receber as parcelas referentes aos 28,35%. A Comissão Especial de Estudos ainda vai tentar marcar uma audiência de conciliação com os Secretários da Fazenda, Manoel Jesus Gonçalves, e da Administração, Angelo Pessini.

“O sindicato dos servidores deixou um manifesto com os vereadores que integram a comissão, pedindo a conversão dessa CEE, eventualmente, numa CPI. Me parece que o argumento seria de que o município estaria usando esse orçamento que já estava vinculado ao pagamento dessas parcelas para subvenção de outros compromissos e isso fere o princípio orçamentário. Uma verba estaria sendo remanejada sem autorização do legislativo. A gente vai ter que apurar com muita cautela a instituição de mais uma CPI na Câmara Municipal de Ribeirão Preto”, concluiu o vereador e presidente da CEE, Renato Zucoloto.

André Soares Hentz, ex-advogado de Maria Zueli Librandi, também convidado pela CEE, não compareceu à audiência pública e enviou uma carta afirmando que se manifestaria apenas no corpo dos autos da ação criminal. Em relação a Wagner Rodrigues, o pedido da CEE foi deferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e o Juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira autoriza que o ex-presidente do Sindicato dos Servidores compareça à Câmara Municipal de Ribeirão Preto, quantas vezes for necessário, para prestar esclarecimentos em audiências públicas.